sábado, 20 de junho de 2015

Layouts do Baralho

 Caso o aplicador já tenha realizado o sorteio, seu grupo esta com um Layout, podendo ser ele: A, B, C, D ou E. Nesta postagem vamos expor os determinados layout e explicar um como utiliza-los.

Abaixo segue os Layouts:

Layout A


Layout B



Layout C


Layout D


Layout E


Esses são os 5 Layouts que podem ser sorteados para os grupos, mas lembramos que são apenas uma amostra da  estrutura externa do layout, sendo que vocês terão a liberdade de adicionar medidas, fazer pequenas modificações derrubando ou construindo paredes, adicionar equipamentos caso necessário, entre outros aspectos que vocês podem trabalhar em seus projetos, tudo isso com base no tamanho do porte e da necessidade da empresa sorteada para seu grupo.

o Grupo M&A Project Deseja a todos boa sorte e que tenham uma boa experiencia de projeto!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Movimentação e Armazenagem de Materiais

A Movimentação e Armazenagem de Materiais nas Indústrias de Confecção tratam de uma operação complexa e de extrema importância para cadeia de produção dentro do âmbito da confecção industrial. O controle sobre a movimentação e transporte é vital para sobrevivência e competitividade da empresa, devido a flexibilização e a agilização do sistema de produção. Porém para que esse seja eficiente são necessários equipamentos adequados.
Movimentar e armazenar materiais consiste em uma tarefa que demanda grande esforço e é necessária a utilização de equipamentos adequados para cada tipo de material a ser transportado, o que irá contribuir para uma melhor execução desta tarefa.
Segundo Moura (2005), a Movimentação de Materiais, em geral consiste na preparação, colocação e posicionamento de materiais. Todas as atividades que se relacionam com o produto, com exceção as de processamento e inspeção, são de Movimentação de Materiais. Logo é a função que diz respeito a combinação ideal da localização, posicionamento, métodos, custo e outros atributos necessários nas instalações industriais, independente do ramo de atuação.
Moura (2005) define armazenagem como um conjunto de atividades que diz respeito à estocagem ordenada e distribuição de produtos acabados dentro da própria fábrica ou em locais destinados a este fim, pelos fabricantes, ou através de um processo de distribuição. Trata-se de uma denominação genérica e ampla que abrange todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais, como: depósitos, almoxarifados, centros de distribuição etc. (MOURA, 1997).

No entanto para uma movimentação e armazenagem de materiais eficientes se faz necessária a utilização de equipamentos adequados ao tipo de artigo produzido bem como seu volume de produção. Assim sendo a Movimentação e Armazenagem dos Materiais e a escolha de equipamentos corretos, são de extrema importância para que as empresas em geral consigam realizar suas atividades com o máximo de aproveitamento possível, o que contribui para produtividade e maior eficiência da mesma.

REFERÊNCIAS

ALVES, Pedro L. (2000) - Implantação de tecnologias de automação de depósitos: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado – Administração, Universidade Federal do Rio e Janeiro.
APTE, Uday M.; VISWANATHAN, S. (2000) - Effective cross docking for improving distribution efficiencies. International journal of logistics: research and applications, v. 3, n. 3.
CALAZANS, Fabíola. (2001) - Centros de distribuição. Gazeta Mercantil: Agosto.
FERREIRA, Ederson (2011) – Centro de Distribuição. Disponível em:http://pt.scribd.com/doc/52039761/Centros-de-Distribuicao-armazenagem-estrategica. Acesso em: 29/09/2012.
LIMA, Maurício P. (2002) - Armazenagem: considerações sobre a atividade de picking. Centro de Estudos em Logística (CEL), COPPEAD/UFRJ.
MARTINS, Cleber (2012). Disponível em: http://logistica74.blogspot.com.br/2012/07/centro-de-distribuicao.html. Acesso em: 23/09/2012.
MEDEIROS, Alex (1999) – Artigos – Estratégias de Picking na Armazenagem. Disponível em: http://www.ilos.com.br/web/index.php?option=com_content&task=view&id=1072&Itemid=74. Acesso em: 24/09/2012.
MOURA, Reinaldo A. (1998) - Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. 4a ed. São Paulo: IMAM, 452 p. (Série manual de logística; v. 1).
RODRIGUES, Gizela G.; PIZZOLATO, Nélio D. (2003). Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0112_0473.pdf. Acesso em: 22/09/2012.
SOUZA, Anali (2010) – Centro de Distribuição. Disponível em: http://fatecid.files.wordpress.com/2010/12/centro-distribuic3a7c3a3o-final-1.pdf. Acesso em: 25/09/2012.

Centros de Distribuição


Definição de centro de distribuição
O termo Centro de Distribuição surgiu como uma expressão moderna de se tratar a armazenagem, mas com alguns conceitos diferentes e que interferem diretamente em sua operacionalização. Nestes Centros de Distribuição ocorrem as seguintes operações de uma forma bem sistematizada para que se possa dar agilidade nos processos: as mercadorias vêm de diversos fornecedores em grandes quantidades (cargas consolidadas). São armazenadas e sua distribuição é feita de forma fracionada a fim de poder oferecer aos seus clientes a opção de aquisição de vários itens em quantidades menores do que a fornecida diretamente pelos fabricantes. A disposição dos Centros de Distribuição é regional para facilitar a proximidade e agilidade no atendimento de seus clientes.
Atualmente o conceito de Centro de Distribuição deixou de ser um depósito ou armazém para acomodação de mercadorias e materiais, e passou a ser uma forma diferente e estratégica de colocação de produtos no mercado. Se bem estruturado e com um posicionamento geográfico estratégico, o CD pode trazer muitos benefícios para a empresa e seus clientes e fazer a grande diferença perante os concorrentes. A montagem de um CD requer uma preparação estratégica e até mesmo a mudança de procedimentos e processos dentro da empresa, para que se tenha uma boa eficiência desta estrutura. Alves (2000, p.139) aponta uma grande diferença entre os depósitos e os CDs: os depósitos, operados no sistema push, são “instalações cujo objetivo principal é armazenar produtos para ofertar aos clientes”; já os CDs, operados no sistema pull, são “instalações cujo objetivo é receber produtos just-in-time de modo a atender às necessidades dos clientes”.

Funções básicas de um centro de distribuição
São executadas em um CD as seguintes atividades básicas: recebimento de mercadorias, conferência, movimentação até o local de armazenagem ou de despacho, guarda/armazenagem de mercadorias, separação de pedidos, embalagem e expedição/transporte, inclui também a auditoria do estoque. (Souza, 2010, pág. 15).
Toda mercadoria que chega pela transportadora, proveniente de um fornecedor, é recebida em volumes devidamente identificados, conferidas juntamente com seus respectivos documentos (NF, romaneio e conhecimento de transporte). Caso haja divergências ou avarias, as mesmas devem ser comunicadas e relatadas para as devidas providências (reposição ou ressarcimento).
Após esta etapa, verifica-se se estas mercadorias deverão ser encaminhadas para a área de armazenagem (picking) para aguardarem uma venda posterior, ou se seguirão diretamente ao cliente. Este processo conhecido como (crossdocking - é a operação na qual o produto é recebido e encaminhado diretamente para a expedição, de acordo com Apte & Viswanathan (2000), com o mínimo de tempo possível a fim de não manter estoque e gerar custos com armazenagem).
As mercadorias que ficarão em estoque devem ter seus volumes desmembrados, conferidos, separados por código e/ou modelo. Deverão ser conferidas suas quantidades e identificadas com o endereço ou localização que ficarão dentro do armazém e em seguida transportadas até o local de estocagem onde deverão permanecer até que sejam solicitadas em algum pedido de venda ou transferência. Neste caso as mesmas serão separadas de acordo com a quantidade solicitada e encaminhada para expedição, onde serão conferidas, embaladas, identificadas e transportadas até o seu destino final. As etapas realizadas no CD serão detalhadas mais abaixo.

 Recebimento
Toda a operação de um Centro de Distribuição se inicia pelo recebimento de mercadorias, atividade esta que serve de base para a realização de todas as outras. Consistem na descarga dos produtos enviados pelos fornecedores, a conferência de quantidades e a integridade do produto. Após concluído o processo de conferência, são feitos os lançamentos das informações no sistema de gerenciamento do armazém (Warehouse Management Systems), assim atualiza-se o estoque e obtém a exata localização onde as respectivas mercadorias devem ser acomodadas até que sejam solicitadas. (RODRIGUES, 2003).

    Movimentação
A movimentação de mercadorias acontece desde o recebimento até a entrega para o consumidor final ou para outros que irão redistribuir estas mercadorias. A movimentação interna consiste em recebê-las, conferi-las e em seguida transportá-las até o ponto onde ficarão armazenadas. Também é considerada movimentação interna a realocação de mercadorias em outros locais dentro do Centro de Distribuição para otimizar espaço e para sua posterior expedição. Consideramos movimentação externa, o transporte de mercadorias até o seu destino final (cliente/consumidor). Toda esta movimentação envolve custos para o Centro de Distribuição, pois utiliza mão-de-obra, tempo e também temos que computar os riscos de avarias e percas em função destas movimentações. Portanto, buscando minimizar estes custos, deve-se avaliar a necessidade de todas as movimentações. (RODRIGUES & PIZZOLATO, 2003).
A oportunidade de reduzir a intensidade da mão-de-obra e aumentar sua produtividade reside nas novas tecnologias de movimentação e manuseio de materiais que estão emergindo atualmente. Segundo Moura (1998), o tipo de equipamento utilizado na movimentação de materiais afeta a eficiência e o custo de operação do CD.

 Armazenagem
Consiste em manter estoques necessários para não haver gargalos entre a oferta e a demanda. Existe um custo elevado em se manter estes estoques, mas isto se faz necessário para que não se tenha custo maior no caso de haver falta de uma determinada mercadoria e ter que se fazer à aquisição a preços maiores do que aqueles que se conseguiria em outra oportunidade, podendo buscar melhores fornecedores, preços mais competitivos e melhores prazos. Estes estoques devem ser mínimos, evitando assim gastos desnecessários com mão-de-obra, manutenção de estoque, equipamentos e alto capital investido. (RODRIGUES & PIZZOLATO, 2003).
A área de armazenagem dos CDs é composta, segundo Calazans (2001), por estruturas como porta-paletes, drive-in, estantes e racks, que são separadas por corredores para ter acesso às mercadorias. Esses corredores são sinalizados para facilitar a operação do CD.

  Separação de pedidos
A separação de pedidos (picking) é a “coleta do mix correto de produtos, em suas quantidades corretas da área de armazenagem para satisfazer as necessidades do consumidor” (LIMA, 2002 p.2). O mais importante nesta etapa é a correta separação dos itens solicitados no pedido para que se evite reclamações e transtornos posteriores, gerando insatisfação dos clientes. Esta etapa é a que mais consome custos operacionais em um Centro de Distribuição.
A parte de acomodação das mercadorias ocupa quase todo o espaço dentro do Centro de Distribuição, por isso é de fundamental importância para agilidade nas operações, que se tenha alternativas para diminuir o tempo gasto com deslocamento de operadores para separação de mercadorias. A sugestão é criar formas práticas de estocagem, endereçamentos lógicos e rotas eficientes para obtenção dos produtos. (RODRIGUES, 2003)

 Expedição
Finalmente chegamos a expedição, considerada a etapa final a ser realizada dentro de um Centro de Distribuição. Nesta etapa o ponto mais importante é a verificação e conferência das mercadorias separadas para envio do pedido. Deve-se ter ferramentas para fornecer segurança nesta conferência, como leitores de código de barras. Após a conferência, deve-se embalar os produtos de forma a garantir que os mesmos não sofram avarias no trajeto até seu destino final. Preparam-se todas as embalagens e documentação que deve acompanhar o pedido e aciona-se o devido meio de transporte para coleta.
Existem alguns fatores que podem influenciar na operação de expedição de uma forma negativa, como: atrasos de transportadoras, problemas na emissão da lista de separação e nota fiscal de saída (principalmente agora que todos operam com nota fiscal eletrônica), não manter sincronia entre recebimento e expedição nas operações de crossdocking e picos de demanda que não foram adequadamente planejados. (RODRIGUES, 2003).

 Vantagens na adoção do cd no sistema logístico
São inúmeras as vantagens encontradas na adoção de implantação de Centros de Distribuição pelas empresas para melhorar sua performance logística. Dentre elas podem citar algumas como obtenção de melhores preços na negociação junto aos fornecedores, pois serão adquiridos grandes volumes para um só destino. Isto beneficia também a questão de custo de frete, evitando pagamento para entregas fracionadas.
Obtêm-se vantagens como abertura de mais espaço nas lojas, pois não terão grandes áreas reservadas para estoque, podendo ser abastecidas regularmente ou a mercadoria seguir diretamente do Centro de Distribuição para o seu cliente final. Redução de mão-de-obra nas lojas, pois todo o trabalho de descarga, conferencia e guarda de mercadorias fica centralizado no Centro de Distribuição. Outro fator é qualidade no atendimento, pois a proximidade do cliente gera agilidade no fornecimento e ganhos no processo logístico, com isso aumenta a satisfação do cliente. (RODRIGUES, 2003).

 Como melhorar um centro de distribuição
Uma resposta quase imediata para esta questão, seria a implementação de alta tecnologia no ERP, SCM e WMS. Obviamente que com esta ajuda, conseguir-se-á uma otimização das operações, mas não é este o aspecto fundamental condicionante desta melhoria.
É o processo o ponto mais crítico para a redução de custos de um CD. Este deve acompanhar a mudança temporal entre fornecedores, clientes e produtos, seja ela para mais (maior quantidade de fornecedores, produtos e clientes) ou para menos. O empreendimento do mesmo processo face à mudança da realidade só resultará numa maior probabilidade de ocorrência de erros que se refletirão em baixa produtividade e atrasos nas entregas, dando assim origem a mais custos.(MARTINS, 2012).

REFERÊNCIAS

ALVES, Pedro L. (2000) - Implantação de tecnologias de automação de depósitos: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado – Administração, Universidade Federal do Rio e Janeiro.
APTE, Uday M.; VISWANATHAN, S. (2000) - Effective cross docking for improving distribution efficiencies. International journal of logistics: research and applications, v. 3, n. 3.
CALAZANS, Fabíola. (2001) - Centros de distribuição. Gazeta Mercantil: Agosto.
FERREIRA, Ederson (2011) – Centro de Distribuição. Disponível em:http://pt.scribd.com/doc/52039761/Centros-de-Distribuicao-armazenagem-estrategica. Acesso em: 29/09/2012.
LIMA, Maurício P. (2002) - Armazenagem: considerações sobre a atividade de picking. Centro de Estudos em Logística (CEL), COPPEAD/UFRJ.
MARTINS, Cleber (2012). Disponível em: http://logistica74.blogspot.com.br/2012/07/centro-de-distribuicao.html. Acesso em: 23/09/2012.
MEDEIROS, Alex (1999) – Artigos – Estratégias de Picking na Armazenagem. Disponível em: http://www.ilos.com.br/web/index.php?option=com_content&task=view&id=1072&Itemid=74. Acesso em: 24/09/2012.
MOURA, Reinaldo A. (1998) - Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. 4a ed. São Paulo: IMAM, 452 p. (Série manual de logística; v. 1).
RODRIGUES, Gizela G.; PIZZOLATO, Nélio D. (2003). Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0112_0473.pdf. Acesso em: 22/09/2012.
SOUZA, Anali (2010) – Centro de Distribuição. Disponível em: http://fatecid.files.wordpress.com/2010/12/centro-distribuic3a7c3a3o-final-1.pdf. Acesso em: 25/09/2012.


Crossdocking

As empresas enfrentam hoje um desafio que contrapõem a outro, de um lado o volume de vendas tem aumentado significativamente do outro os ciclos de produção e entregas desses produtos estão mais curtos, o encurtamento dos canais de vendas não é mais uma vantagem competitiva é uma necessidade para continuar competitiva num mercado de concorrência feroz.
Diante deste novo e surpreendente cenário dentre várias técnicas que surgiram uma delas será destacada neste texto. Crossdocking termo utilizado para explicar a necessidade de aplicação em operações logísticas em docas de recebimento, muito aplicada por empresas de vários segmentos por se traduzir em inúmeras vantagens para a redução de custos e agilidade nas operações de distribuição física de materiais.
O Crossdocking é uma técnica aplicada na distribuição de mercadorias, tendo como ponto de partida a transposição de cargas de um veículo pesado para veículos leves de cargas. Essa operação é realizada em docas e temos em mente a perfeita sincronização entre recebimento e expedição para que seja viabilizado o processo.
Na prática veículos pesados carregados de mercadorias vindos de fornecedores e ao chegar às docas de recebimento essa mercadoria é descarregada, separada, etiquetada e destinada a veículos leves para a entrega nos destinos previamente conhecidos, esse cruzamento é feito sem que haja o prévio estoque dessas mercadorias.
Uma operação dinâmica que objetiva agilizar a operação e atender de maneira eficiente as necessidades dos clientes. Com o advento da informática e o uso da internet em massa, canais de vendas possibilitaram aos clientes uma maior aproximação com as empresas, portanto os pedidos de entrega agora contam com prazos mais curtos e para atender esses clientes e satisfazê-los surge o Crossdocking uma técnica de gestão que propõem superar as deficiências e proporcionar as empresas ganhos tanto de mercado como financeiro.
Além da entrega ela pode ser aplicada em mercadorias cuja necessidade de agilidade seja evidente, itens perecíveis com prazos de validades curtos dispensam a estocagem e logo são expostos nos pontos de vendas, como em supermercados por exemplo.
Essa técnica apresenta algumas vantagens, a principal delas é a redução dos custos, toda a dinâmica permite que se ganhe com essa operação, mesmo que seja complexo o suficiente alguns modelos se bem coordenados possibilitam além da redução de custos aumentarem o nível de satisfação dos clientes. Há também outras vantagens e as principais são:

Redução do tempo: agilidade nas operações é o primeiro ganho significativo, o tempo de resposta é uma grande vantagem competitiva.
Redução da área física: com estoque reduzido o espaço para seu armazenamento será menor e despesas com manutenção e outras serão fatalmente reduzidos de forma considerável.
Maior disponibilidade de produtos: com o constante abastecimento problemas com a falta de mercadorias são reduzidos.
Redução do estoque na cadeia de abastecimento: essa dinâmica permite que o fluxo seja intenso de modo que toda a cadeia tenha seu estoque em trânsito reduzido de forma considerável.
Redução da complexidade das entregas ao cliente: com a entrega única reunindo diversas entregas a vários clientes em um só veiculo.
Conhecimento das operações: a troca de informações constantes entre os parceiros permite conhecer todas as etapas operacionais, saber o que e quando será recebida determinada carga.
Há que considerar que a perfeita sincronia tem um custo para a sua aplicação sendo considerado até como desvantagem dependendo de como é conduzido o processo de implantação. O investimento financeiro deve ser considerado, tecnologias e profissionais qualificados são necessários para a gestão eficiente das técnicas operacionais, mas o que mais deve ser levado em consideração é o esforço por parte dos que participaram da cadeia de abastecimento alinhar os objetivos e traçar caminhos que o leve em conjunto para ao sucesso.
O fluxo de materiais e de informações é o elemento mais sensível no relacionamento, os demais fluxos são cíclicos e voláteis podendo ser ajustados e reajustados isso deve ficar bem claro a todos os parceiros.
A implementação do Crossdocking não é fácil, no entanto deve apresentar alguns pré requisitos que reunidos podem representar o sucesso desta técnica.

Parceria: Todos os membros devem juntar esforços e para isso alguns ajustes devem ser feitos para dar suporte ás operações. 
Confiança na qualidade: Não deve ser inspecionado, cada um esta ciente das sua responsabilidades.
Comunicação clara e eficiente: Compartilhar toda informação entre os parceiros, item importante para conhecimento de vários indicadores tais como: vendas, previsão de entrega, desvios e muito mais, essas informações potencializam o planejamento estratégico individual e coletivo.  
Gestão da mão de Obra: Por ser uma operação dinâmica, os profissionais devem ser assistidos de perto além da coordenação e acompanhamento da manutenção da frota. 
Gestão estratégica: Além de tudo quanto exige o Crossdocking, a preocupação com a gestão dom trabalho deve permear a administração e caso ocorra algum desvio saber agir rapidamente para o retorno a normalidade.
Esse método na prática é bem simples, administrar é que pode ser bem complicado se os agentes parceiros não estiverem alinhados com a estratégia global. Sua aplicação é uma necessidade atual, o modelo proposto é muito eficiente e se caracteriza como essencial para sustentar as operações logísticas de distribuição.
Sua aplicação pode ser feita em qualquer empresa que tenha a necessidade de agilizar as operações, ainda que não seja complexa como os exemplos apresentados neste texto, basta que o gestor conheça sua aplicabilidade e necessite otimizar as operações.      

Texto de autoria: 
Francisco Marcio Ferreira de Oliveira 
Formado em Logística pela Universidade Nove de Julho-2010

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domingo, 14 de junho de 2015

Embalagens

O que é uma embalagem? Esta simples pergunta pode ter vários tipos de respostas. Por exemplo, para a pessoa de marketing, embalagem é um meio de apresentar o produto para gerar vendas.
Para a pessoa de distribuição, é um meio de proteger o produto durante o transporte, estocagem e movimentação. Já para o consumidor de varejo, embalagem é um meio de satisfazer ao desejo de consumo do produto.
Embalagem pode ser definida como sendo o sistema integrado de materiais e equipamentos com que se procura levar os bens e produtos às mãos do consumidor final, utilizando-se dos canais de distribuição e incluindo métodos de uso e aplicação do produto.


Figura 01 – Forma comum de embalagem.

Também pode ser um elemento ou conjunto de elementos destinados a envolver, conter e proteger produtos durante sua movimentação, transporte, armazenagem, comercialização e consumo. Além disso, pode incluir a limpeza, secagem, preservação, empacotamento, marcação e unitização.

Conceito do sistema de embalagem

Entende-se como sistema de embalagem tudo aquilo que a envolve, suas operações e materiais necessários para mover os produtos do ponto de origem até o consumo, inclusive maquinários, equipamentos e veículos para o seu embarque.
A melhor definição de embalagem é de um sistema, não simplesmente de um contenedor físico, mas sim de um conjunto interrelacionado de componentes de atividades, constituído de:
1.       Matéria-prima básica (isto é, madeira, areia, minérios e produtos químicos);
2.       Operações que conformam os materiais em embalagem ou contenedores;
3.       Operações onde a embalagem é preenchida, quantificada, inspecionada quanto à qualidade e fechada;
4.       Unitização ou outras preparações para distribuição;
5.       Distribuição através de canais, envolvendo estocagem, movimentação e transporte;
6.       Esvaziamento da embalagem através do consumo do produto;
7.       Disposição, reutilização ou reciclagem da embalagem.

Classificação das embalagens

Existem embalagens que são, essencialmente, de transporte (uma caixa de madeira) ou de apresentação (o envoltório de um tablete de chocolate), e embalagens que são essencialmente de conservação (o óleo com o qual se cobre um objeto metálico, para sua conservação). Mas, estes constituem exemplos limites e, apesar deles, a divisão não é tão nítida como poderia parecer à primeira vista. O envoltório de chocolate serve para apresentar o produto, mas também, ainda que por pouco tempo, para conservá-lo; o óleo conserva o objeto metálico, mas também pode protege-lo durante sua expedição; inclusive a caixa de madeira, construída adequadamente, pode contribuir para a apresentação do produto ou para dar uma imagem da empresa.
Na realidade, proteção, apresentação e conservação são mais funções que atributos da embalagem.
Uma embalagem ou um conjunto de embalagens podem ser classificados de divesas maneiras, a ver:
1.       Funções:
Primária, secundária, terciária, quaternária e de quinto nível.
2.       Finalidade:
De consumo (venda ou de apresentação);
Expositora;
De distribuição física;
De transporte e exportação;
Industrial ou de movimentação;
De armazenagem.
3.       Movimentação:
Movimentadas manualmente;
Movimentadas mecanicamente.
4.       Utilidade:
Retornáveis;
Não retornáveis.
Embalagem primária — é aquela que contém o produto (vidro, lata, plástico, etc.), sendo a medida de produção e de consumo. Também pode ser a unidade de venda no varejo.

Figura 02 – Embalagem primária.

Embalagem secundária — é o acondicionamento (contenedor) que protege a embalagem primária. Por exemplo, uma bandeja de cartão com filme termoencolhível.

Figura 03 – Embalagem secundária.

Embalagem terciária — é o caso das caixas de madeira, papelão, plástico ou outro material. A combinação da embalagem primária e secundária acaba sendo a medida de venda ao atacadista. 

Figura 4 – Embalagem terciária.

Embalagem quaternária — envolve o contenedor, que facilita a movimentação e a armazenagem.

Figura 5 – Embalagem quaternária.
Embalagem de quinto nível — é a unidade conteinerizada ou as embalagens especiais para envio a longa distância.


Figura 6 – Embalagem de quinto nível.

Embalagem de consumo — É a embalagem primária e, às vezes, a secundária, que levam o produto ao consumidor. Por isso, é que geralmente é estudada e projetada cuidadosamente. Naturalmente, aplica-se apenas aos produtos de grande consumo. Requer, principalmente, em função da organização do consumo durante um certo período, a definição das dimensões, da forma, da cor geral, e do aspecto gráfico, de maneira a torná-la atraente ao cliente. A embalagem de distribuição geralmente precisa de acondicionamento para as operações de movimentação e armazenagem.
Embalagem expositora — é aquela que, além de poder transportar o produto, visa expor o mesmo. Contém apelos para que a venda seja efetuada, impondo ao comprador um forte impulso para que realize a compra no ato. Chamada também de auto-venda.
Caracteriza-se ainda por:
1.       Ser usada para as mercadorias de vendas diárias;
2.       Manter unidas e protegidas as embalagens de consumo durante o transporte e a movimentação;
3.       Ser empilhável;


Figura 7 – Embalagem expositora.

4.       Estar “pronta para venda”, exigindo o menor esforço para abri-la;
5.       Ter um texto e decoração atrativa;
6.       Permitir a coleta da embalagem de consumo;
7.       Ser fácil de manipular, tanto em peso quanto em volume.
Embalagem de distribuição física — é aquela destinada a proteger o produto, suportando as condições físicas encontradas no processo de carga, transporte, descarga e entrega. Pode ser uma embalagem primária (uma industrial, como um tambor, pr exemplo), ou secundária, isto é, uma embalagem de produtos pré-embalados em unidades menores. Ela pode ou não ser unitizada, alcochoada ou impermeabilizada, e envolve a definição de um sistema de embalagem, que veremos nos próximos capítulos.
Mais fácil que conceituar, é citar alguns exemplos. Chamamos de embalagens de distribuição física as seguintes:
1.       Embalagens de papelão ondulado;
2.       Caixas de madeira e plástico;
3.       Engradados de madeira;
4.       Sacos de papel ou plásticos;
5.       Tambores de aço, fibra, plásticos ou mistos;
6.       Cilindros e bujões para gases;
7.       Barris e tonéis de madeira;
8.       Fardos;
9.       Carretéis para cabos;
10.   Tanques paletizados;
11.   Contenedores flexíveis para granéis;
12.   Berços (“racks”) para fixação, empilhamento e transporte de peças;
13.   Bases de madeira (“skids”) para acondicionamento de maquinário;
14.   Bombonas para produtos químicos.
São as seguintes as características da embalagem de distribuição física:
·         Proteger o produto durante as duras etapas de distribuição física;
·         Fornecer identificação do conteúdo e instruções especiais para utilização;
·         Fornecer ao cliente facilidades para abrir, desembalar, fechar novamente, reutilizar ou descartar.
·         O sistema total não é embalar: é distribuir o produto.
Embalagem de transporte e exportação — É a embalagem ou o acondicionamento que protege um produto durante os diversos modos de transporte, geralmente facilitando estas operações.
Pode acompanhar o produto desde a fábrica até o destinatário final (como no caso de máquinas, geladeiras, etc.), ou desde a fábrica até um centro de distribuição, como um supermercado, por exemplo.
O seu conceito envolve a embalagem destinada a conter e/ou proteger o produto embalado durante o transporte e, consequentemente, durante os manuseios, as movimentações mecânicas e as estocagens. Tal conceito pode ser aplicado também a certos tipos de embalagens de venda ao consumidor, dotadas de proteção a choques, vibrações e umidade.

Figura 8 – Embalagem de transporte.

Tambores e outras embalagens “primárias”, de venda ao consumidor, também são consideradas embalagens de transporte.
·         A sua principal função é proteger o conteúdo dos acasos de transporte.
·         Deve ser estruturada em função dos elementos seguintes:
·         Natureza da mercadoria;
·         Meios de transporte utilizados sucessivamente;
·         Meios de movimentação usados nas várias escalas, incluindo os das extremidades do percurso;
·         Duração e meios de transporte;
·         Influência climática das zonas atravessadas (calor, frio, chuvas), considerando o período de expedição e a duração total do transporte (incluindo os eventuais tempos de paradas e de armazenagem);
·         Disposição especiais resultantes de regulamentos legais (alfândegas, autoridades portuárias, etc).
Por outro lado, a embalagem de transporte permite, na maior parte dos casos, a armazenagem de duração mais ou menos longa, quer antes da expedição, quer durante as escalas, ou ainda no decurso do transporte pelos vários entrepostos e armazéns.
Embalagem industrial ou de movimentação — É aquela que protege o material durante a estocagem e a movimentação dentro de um conjunto industrial, entre fábricas de uma mesma empresa ou entre fornecedores e clientes.
Caracteriza-se por apresentar: uso repetitivo;  dispositivos para erguer e içar e encaixes auto-suportantes.
Exemplo: contenedores, caçambas, paletes, etc.
A embalagem industrial é movimentada com muita frequência, razão pela qual precisa ser robusta para suportar os impactos de empilhadeira, batida no solo e transporte em carretas ou caminhões. Possui diversas formas, de modo a adaptar-se aos vários tipos de áreas de trabalho — fundição, usinagem, estamparia, tecelagem, injeção, etc.
Embalagem de armazenagem — Tem a função e proteger o material dos agentes agressivos externos:
·         Dos agentes físicos: choques, variações de temperatura, grau higrométrico, luminosidade;
·         Dos agentes químicos: vapores ácidos, ação do ar sobre o comportamento químico de alguns produtos de fraca estabilidade;
·         Dos parasitas vegetais ou animais: bolores, bactérias, insetos, roedores, etc.
Esta embalagem pode ser formada por uma simples película de óleo, gordura e cera ou comportar um revestimento hermético, simples ou composto, como uma folha de plástico e até um silo.
Uma outra forma de classificação das embalagens e quanto à movimentação: manual ou mecânica.

Figura 9 – Embalagem para armazenamento de produto a granel.

Embalagem movimentada manualmente — É aquela não adequada à operação por empilhadeira ou outro veículo industrial, e cujo peso não deve exceder a 30 kg.
Embalagem movimentada mecanicamente — É aquela em que a quantidade de volumes a serem transportados é muito grande, o número de movimentações é considerável, as distâncias ou alturas são grandes ou possui peso acima de 30 kg, sendo necessário recorrer à movimentação mecânica. Para isto, são geralmente utilizadas (cargas paletizadas, “slip-sheeted”, “skidded”, embaladas por encolhimento, conteinizadas, etc.), de forma que possa ser movimentada por uma empilhadeira ou outro veículo industrial.
Embalagem retornável — Como diz o próp+rio nome, é aquela que retorna à origem, geralmente para sua reutilização industrial.
Quando bem projetada, tem uma longa vida de uso. Geralmente leva a marca do seu proprietário.
Incluem-se os cestos e caixas metálicas, caixas e engradados reforçados com madeira, contenedores de metal ou plástico, dispositivos especiais, paletes, plataformas metálicas (rack), etc.

Figura 10 – Embalagem paletizada retornável.

Apresenta as seguintes características:
1.       Requer investimento e, portanto, capital adicional;
2.       Quando não desmontável ou colapsível, ocupa o mesmo espaço quando vazia ou cheia;
3.       Implica em custo de transporte, para retorno;
4.       Requer controles de expedição e recebimento;
5.       Exige documentação fiscal para o seu transporte;
6.       Requer manutenção e conservação constante;
7.       É obrigatório, por foça de lei, que a empresa a identifique com seu nome e numeração sequencial, para controle. Por exemplo: “propriedade da (nome da empresa)”.
Embalagem não-retornável — é utilizada em um único ciclo da distribuição. Em alguns casos, é reaproveitada pelo destinatário.
Geralmente, é constituída em madeira, papelão ondulado, plástico, sacos multifolhados de papel, tambores de fibra, etc.
Apresenta as seguintes características:
1.       Menor custo (é considerada despesa, e não investimento);
2.       Dispensa controles e documentação fiscal;
3.       É leve e, portanto, implica em menor custo de transporte;
4.       Deve ser resistente para permitir boa estabilidade da carga no ciclo da distribuição e armazenagem.
Mais importante é, no que diz respeito à terminologia, a distinção entre embalagem retornável e não retornável. Estas formas de assimilar o destino final de uma embalagem, uma vez liberado seu conteúdo, são eficazes, sem dúvida, para distinguir a retornável e reintroduzi-la no mercado da que, pelo contrário, é abandonada e que constitui um grave problema ecológico, higiênico, social e estético. É interessante assinalar que o volume de embalagem não-retornável e reciclável diminui em relação ao de embalagem que vai ingressar nas lixeiras.

Figura 11 – Embalagem paletizada não retornável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] MOURA, R. A. Equipamentos de Movimentação e Armazenagem. 5. ed. São Paulo: IMAM, 2000. Série manual de logística. Vol. 4.

[2] MOURA, R. A. Embalagem, unitização & conteinerização. 2. ed. São Paulo: IMAM, 1997. Série manual de logística. Vol. 3.